PRETO NO BRANCO #39
I – Confirmação no meio do Atlântico!
II – No belo arquipélago dos Açores, o Vitória de Moreno deu continuidade à boa série de resultados que tem vindo a alcançar nesta segunda volta. Na verdade, em 18 pontos possíveis, os Conquistadores lograram garantir 16, numa série que lhes permite olhar com redobrada tranquilidade para o que resto do campeonato. Falamos de mais um triunfo, desta feita por três bolas a uma, frente ao aflito Santa Clara.
III – Para esta partida, Moreno, a meio da semana deparou-se com um contratempo inesperado. Bruno Varela, que se encontrava em forma superlativa, lesionar-se-ia, sendo certo que irá falhar algumas partidas. Com Célton Biai igualmente impedido, a aposta recaiu no jovem Rafa, mais um produto da cantera vitoriana. Do mal o menos, que Dani Silva recuperou do problema físico que o retirou do jogo com o SC Braga, restringindo-se a outra alteração à substituição forçada por castigo de Tiago Silva por André André.
IV – Dediquemos este ponto, exclusivamente, ao jovem guardião vitoriano que ontem se estreou. Não será fácil psicologicamente preparar-se para um jogo no final da semana, quando no início desta se sabia que não iria ser opção. Muito menos para um guarda-redes, ainda mais sendo uma estreia e ainda por cima atendendo ao facto de Bruno Varela ter granjeado um estatuto que, neste momento, faz com que esteja a bater à porta da selecção nacional.
Rafa, por isso, terá vivido minutos de natural sobressalto. Recompor-se-ia para terminar o jogo sem qualquer reparo. Sóbrio e tranquilo entre os postes, poderá ser uma certeza quando Bruno tiver de ser substituído. E entrou na história ao ser o segundo guardião mais jovem da centenária história vitoriana a ser titular num jogo, só suplantado por Nuno Espírito Santo, pontuando uma tarde para não mais esquecer com uma assistência para o terceiro golo do Vitória.
V- Vitória esse, que apesar do inicial empertigamento dos açorianos, soube responder como um conjunto pleno de personalidade.
Aguentaria esse ímpeto, colocando gelo no jogo, passando a controlá-lo para desferir três estocadas que feriram de morte o adversário.
Duas vezes consecutivas pelo cisne, outrora patinho feio, Safira que vive uma fase em que todas as bolas que toca rumam à baliza e num tento de antologia de André Silva, capaz de fazer levantar o mais empedernido e gélido dos adeptos do seu assento para, de pé, de modo efusivo, saudar a beleza do momento.
VI – Ao intervalo, tinha-se a certeza que, pese embora, algumas exibições abaixo do nível demonstrado no desafio anterior, como as de Mikel Villanueva ou a de Dani Silva, o conjunto Conquistador tinha as duas mãos agarradas ao triunfo e houvera dado mais um passo seguro para alcançar o objectivo europeu.
VII – A segunda parte seria encetada com um golo açoriano. Um momento de desequilíbrio defensivo que, em nada, fez perigar o modo gestionário como o Vitória actuou. Depois de 90 minutos de frenesim contra o SC Braga e 45 minutos destinados a resolver a partida frente ao Santa Clara, os homens de Moreno geriram o físico e o resultado. Fora o golo, Rafa pouco ou nada teve que intervir e os meninos demonstraram capacidade em fazer correr o marfim, garantindo mais três saborosos pontos, sendo já quarenta o pecúlio amealhado.
VIII – Segue-se no próximo Sábado o surpreendente Arouca, colocado na sexta posição, orientado pelo vimaranense e vitoriano Armando Evangelista. A equipa do distrito de Aveiro fora de casa só perdeu com o Benfica, FC Porto e SC Braga, demonstrando uma fiabilidade surpreendente para os objectivos que alegou ter no início da temporada.
Pese embora tais factos, um triunfo vitoriano dará uma estocada quase final na luta pelo quinto posto, permitindo outra tranquilidade nos (muitos) desafios que ainda faltam até ao final do campeonato.
Para tal ser possível, será necessário um D.Afonso Henriques frenético, apaixonante, em ebulição... vinte cinco mil vitorianos será o número ideal para o décimo segundo jogador ser determinante na conquista de mais três pontos!
IX – A equipa B voltou a conhecer o sabor da derrota em Vilaverde, não obstante ter-se adiantado no marcado através de uma grande penalidade apontada pelo regressado Tomás Handel.
Terá sido essa uma das melhores notas do desafio! Ver Handel num relvado, a tocar a bola com a classe que lhe é reconhecida, a ocupar espaços com a mestria dos predestinados, será um presente que certamente Moreno não desperdiçará na recta final do campeonato.
Além disso, será uma mais valia para uma zona que na próxima temporada contará com Tiago Silva, André André, Handel, Dani Silva e Zé Carlos (provavelmente)... da míngua se fez fartura e talento haverá a rodos na zona mais importante do tapete verde, naquela onde se decidem os jogos.
X – Atenção a Alberto Baio que está a tornar-se num lateral direito com capacidade para ser opção na próxima temporada na equipa A. Está prometida uma luta titânica pela posição entre dois produtos da cantera: Maga e o jovem jogador aqui citado.
XI – A parceria com a VSports foi aprovada. Numa Assembleia com cerca de 1500 pessoas, os vitorianos decidiram avançar com o casamento.
Pese embora algumas questões não respondidas, como o valor do sinal adiantado pela nova parceira, bem como a razão de ter sido realizado um protocolo com 30 anos, ou quem serão os administradores por esta indicados, a verdade é que os associados presentes optaram seguir este caminho.
Um casamento é fortalecido todos os dias, sendo no, seu início, uma carta fechada.
Esperemos que frutifique...
XI – VIVA O VITÓRIA!
Vasco André Rodrigues
