I – Imparáveis... não há duas sem três!
II – O Vitória voltou a ser feliz depois de dois triunfos consecutivos. Desta feita, no desafio perante o Portimonense, venceu o conjunto algarvio por uma bola a zero, graças ao tento solitário de Jota.
III – Apresentando o onze que tão boa conta dera de si no Estoril, onde Safira apontou o golo do triunfo, a equipa de Moreno, foi desde o início da contenda, uma equipa confiante, sempre de olhos na baliza, à procura do golo que a lançasse na conquista de três preciosos pontos.
IV – Assim, as oportunidades foram surgindo, as rápidas e incisivas trocas de bola da equipa Conquistadora sucediam e os efeitos de uma pressão mais alta do que em alguns jogos surtiam efeito. O Vitória era uma equipa mandona, confiante, em que todos os elementos se envolviam na sua manobra ofensiva, em busca do golo!
V – Este haveria de surgir através de um meio inesperado, mas com aviso anterior. Na verdade, depois de Jota ter tido um tento anulado, em jogada superlativa iniciada em Bruno Varela, por fora de jogo, o golo dos Conquistadores surgiria de modo similar. Lançamento longo do guardião, desmarcação rápida do avançado que, com classe, foi capaz de desviar o esférico do guardião algarvio e o estádio em ebulição... Pasme-se, que logo de seguida, em jogada quase digitalizada em scanner, Jota falharia o segundo tento, permitindo o corte em cima da linha de golo de um defesa adversário.
VI – Chegava-se ao intervalo com a confiança redobrada!
VII – Na segunda metade, o Vitória, em vez da toada dominante da parte inicial, optou por controlar o jogo. Salvaguardar-se para atacar pela certa. Dar iniciativa ao adversário para, com espaço, tentar um golpe que liquidasse o jogo.
VIII – Tal não sucederia, apesar de algumas boas oportunidades. Os avançados vitorianos, na segunda metade do jogo, careceram da eficácia que em outros tantos momentos têm conseguido demonstrar. Mas, a verdade é que o essencial seria cumprido de modo tranquilo e sem grandes sobressaltos no último reduto.
IX – Destaque, ainda, para a entrada de Nélson da Luz em liça. O angolano é um malabarista da bola. Um imprevisível talento capaz de iludir qualquer adversário. Quando conseguiu dosear o que faz com a bola, com a capacidade de não se deslumbrar, ascenderá, por mérito próprio, ao nível dos melhores jogadores do plantel. Até tal suceder, haverá que continuar a trabalhar aspectos para lá da técnica.
X – Segue-se o Casa Pia, no próximo Domingo à noite, às 20h30. Um desafio a dia e horas impróprias para os apaixonados do futebol. Um desrespeito (mais um!) da Liga de Clubes aos vitorianos, parecendo haver algum interesse em que os vitorianos não ocupem as bancadas do seu e dos outros estádios. Provavelmente, o desejo da criação artificial de um novo grande levará a tais decisões, mas que não destratem os adeptos do Vitória... já que a paixão nutrida pelo clube será impossível de subjugar!
XI – Nesse desafio, ainda que privado de Bamba e de Jota, ambos suspensos por acumulação de amarelos, jogar-se-á destino importante da época. Com os Gansos a lutar pelo quinto posto, mas longe do fulgor do início da temporada, importará obter um bom resultado para olhar para esse lugar com legitimidade e manter uma série imaculada desde que a segunda volta da Liga foi encetada. E, diga-se, estes 33 pontos são a terceira melhor época dos últimos 10 anos à 20ª jornada.
XII – Pensamos escrever muito sobre a equipa B do Vitória.
Porém, talvez, não seja necessário.
Em Fafe foi, simplesmente, igual ao que tem sido. Mau demais!
A época começou com Nuno Barbosa que foi despedido depois de perder com o Fafe. Tinha conseguido quatro pontos.
Seguiu-se Álvaro Madureira, que após ter cumprido uma volta completa ao serviço da equipa, tendo obtido meros dois pontos, resultantes de dois empates. O resto foram nove derrotas, cinco golos marcados e vinte e um sofridos, num percurso inexplicável e incompreensível.
A quatro jogos da fase inicial do campeonato, restará saber como irá ser encarada a fase de salvação...sabendo que o Vitória a começará com quatro pontos de atraso para os lugares de salvação e irá jogar contra adversários que o têm vencido com, maior ou menor, facilidade nesta parte da temporada.
O que fazer para salvar uma equipa, cuja queda no quarto escalão do futebol nacional, será um rude golpe á filosofia formadora que o clube tanta precisa para se estruturar e projectar?
XIII – O ponto treze não será de azar, mas de esperança.
Viva o Vitória!
Vasco André Rodrigues