PRETO NO BRANCO #27
I – Decepcionante!
II – É assim como pode ser qualificada a prestação do Vitória na presente edição da Taça da Liga.
Num grupo acessível, em que se contava que pudessem ir ao Bessa carimbar o apuramento para a fase a eliminar, os Conquistadores estão arredados de qualquer objectivo ainda antes desse jogo...depois de empatar com Vilafranquense e B SAD do escalão inferior!
III – Ora, se o empate em Rio Maior terá tido algumas (mas poucas!) atenuantes, o de ontem não tem qualquer justificação. Num clube como o Vitória, onde, infelizmente, as vitrines apresentam poucos troféus nacionais, todas as provas têm de ser encaradas com a seriedade devida...e dar-se tudo para vencer durante 90 minutos!
IV – Com a equipa a actuar em 4-3-3 e, apesar de alguns sustos iniciais salvos por Celton Biai que ontem substituiu Bruno Varela, o Vitória adiantar-se-ia no marcador por Anderson. Pensou-se que o mais difícil estava feito, mas puro engano. O adversário empataria, para posteriormente Jota Silva apontar o tento da vantagem que, ainda, antes do intervalo seria anulada!
V – O Vitória mostrava dificuldades defensivas, de reacção à perda, abria espaços no seu meio campo e defensivamente estava inseguro. Uma sombra da equipa organizada e determinada que se viu, pelo menos, até dada altura do campeonato.
VI – A segunda metade, durante grande parte do tempo, trouxe à memória a partida frente ao Vilafranquense. Com a equipa amorfa, com incapacidade em gerar-se um golpe de asa proveniente do banco que levasse ao triunfo, o tempo foi-se arrastando!
VII – Ainda que uma ou outra oportunidade pudesse ter significado o golo redentor, a verdade é que, tal como no primeiro desafio, o conjunto vitoriano só acelerou nos últimos minutos. Tarde e a más horas e sem qualquer efeito prático e incapaz de alterar o resultado final.
VIII – Assim, de modo inglório, esvairam-se as esperanças de uma boa participação na Taça da Liga. Num grupo, repetimos, acessível, o Vitória é eliminado antes do jogo mais difícil. Pior do que isso, demonstrando, para além do incompreensível experimentalismo que pontuou estes jogos, com uma atitude incompreensível. A afirmação de um clube faz-se destes momentos, não podendo ser desperdiçados perante adversários de dimensão inferior.
IX – Segue-se daqui a dez dias o jogo frente ao Boavista. Um jogo que para nada contará, ainda que depois da desilusão profunda que foi a participação nesta prova, convirá deixar boa imagem. Independentemente de termos perdido o apuramento para um dos nossos maiores rivais, por essa facto será necessário a demonstração de outra atitude, até para não perder lastro para o campeonato.
X – VIVA O VITÓRIA!
Vasco André Rodrigues