I – Frio como a noite!
II – Não poderia ter sido mais cinzenta a estreia do Vitória na Taça da Liga. Uma estreia sem chama, sem aquela centelha necessária para levar de vencido um Vilafranquense de um escalão inferior, num jogo disputado num desolador estádio da cidade de Rio Maior.
III – Para além das bancadas desertas, merecerá a nossa profunda repulsa com a pouco mais de uma centena de adeptos vitorianos foram tratados. Desde uma exaustiva revista (como se o estádio estivesse cheio) à colocação dos adeptos num topo longe do relvado com uma bancada central completamente vazia, mais uma vez os vitorianos não tiveram nem o comportamento, nem o respeito que merecerão!
IV – Com a equipa a mudar de roupagem, deixando o tradicional 3-4-3, apostando num 4-3-3, entraram em liça, fruto das lesões, castigos e convocatórias para a selecção sub-21, várias caras novas e em posições diferentes. Assim, reviram-se Bruno Gaspar (muito longe do jogador que já foi), o inadaptado Ogawa, o esforçado Mateus Índio e a surpresa de Safira a actuar a extremo.
V – Porém, apesar dos Conquistadores terem entrado a carregar no acelerador, tal seria Sol de pouca dura. Os propósitos dos vitorianos arrefeceriam como o tempo e como o cinzentismo impessoal das bancadas despidas de adeptos.
VI – Seria assim até ao intervalo, com poucos ou nenhuns remates e sem qualquer oportunidade de golo... um verdadeiro nulo de golos, oportunidades ou intenções!
VII – A segunda metade terá sido similar à primeira. Valeria a oportunidade de Bamba que, inacreditavelmente, no coração da área desperdiçaria o golo e o lapso de Varela que quase dava um dissabor aos vitorianos.
VIII – Fora isso, apenas, realce para as estreias dos jovens da equipa B. O lateral Mutombo deu a acutilância e a força na ala que Gaspar foi incapaz de fornecer. No meio campo, os jovens Gonçalo (Pinto e Nogueira) demonstraram bom toque de bola e desinibição. Com parcimónia e tranquilidade poderão seguir as pisadas de Dani Silva cada vez mais desinbido na equipa A.
IX – Carregaria o Vitória nos minutos finais. Tentaria o golo. Porém, acordar tarde dará sempre maus resultados. Perder-se-iam dois pontos que poderão fazer muita falta nas contas finais. Entrar de smoking num batatal nem serve para recolher as batatas, nem protege o fato...ou seja é uma situação em que jamais se lucra e, ontem, pela modorra com que enfrentou a partida até aos 80 minutos, o resultado jamais poderia ter sido outro.
X – Segue-se a B SAD, nesta prova disputada durante o Mundial. Um resultado que não seja o triunfo poderá fazer perigar a continuidade nesta competição. Verdade se diga que é a menos importante do panorama futebolístico português... mas é um troféu e o Vitória, infelizmente, não tem o seu museu recheado de títulos nacionais. Até por isso, é importante uma afirmação clara da vontade de a vencer
XI – VIVA O VITÓRIA!