I – Sofrimento desnecessário...
II – Não era necessário voltar a testar a capacidade cardíaca dos vitorianos no desafio de ontem, perante o Famalicão. Com efeito, após estar a vencer por três bolas a zero, os dois golos do conjunto famalicense serviram para colocar todos os adeptos em estado de nervos, como já dissemos, supérfluos!
III – Apostando na base da equipa que tão boas garantias tem dado, limitando-se a substituir o castigado Tiago Silva por Dani Silva, o Vitória, desde cedo procurou assenhorear-se do jogo. Fá-lo-ia com qualidade, sapiência e impedindo que o Famalicão tentasse explanar o jogo e desferir contra-ataques perigosos.
IV – Por essa razão, não causaria surpresa o surgimento do primeiro golo do cada vez mais essencial à manobra da equipa, Mikey Johnston. O escocês apontou um golo de belo efeito, capaz de levantar qualquer estádio, desbloqueando o jogo.
V – Ao intervalo, com o Vitória a controlar o jogo, as perspectivas eram optimistas. Tornar-se-iam ainda mais quando Nélson da Luz, em dois lances plenos de oportunidade, bisaria. O angolano está cada vez mais confiante, mais ousado e cada vez mais maduro! Ao talento, que sempre se lhe reconheceu, junta frieza e capacidade táctica.
VI – A ganhar por três bolas a zero, pensou-se que o jogo estaria resolvido. Moreno, também, como posteriormente reconheceu, também. Procurou refrescar a equipa, tirando alguns elementos que estavam a dar boa conta de si. Contudo, as saídas de Anderson, Dani Silva ou Nélson da Luz, para as entradas de Safira, Janvier e Lameiras não haveriam de produzir o efeito esperado.
VII -Ao invés, João Pedro Sousa jogou uma cartada que quase seria de trunfo. A entrada de Ivo Rodrigues, um homem que quando passou por Guimarães foi incapaz de se afirmar, revolucionou o jogo. Seria dos seus pés que o Famalicão voltaria à luta, graças a duas assistências açucaradas.... e só não conseguiu o empate porque, felizmente, o seu remate desviado no corpo de um vitoriano, caprichosamente, passou a rasar o poste!
VIII – O Vitória haveria de vencer... mas, depois de tocar o céu, bateu à porta do purgatório. Desnecessariamente, porém, como o treinador referiu fruto da juventude da equipa e da sua própria necessidade de crescimento. Apesar disso, a subida ao quarto posto é um prémio justo para um conjunto que não perde há sete desafios (com o da Taça de Portugal compreendido), tendo somado catorze pontos em seis jogos. Nada mal...
IX – Depois do Famalicão, segue-se o Sporting. No início do campeonato, nem os mais optimistas, poderiam alvitrar que o Vitória pudesse chegar a Alvalade à frente da equipa de Rúben Amorim. Porém, tal assim sucede. Importará manter o rigor e a concentração da maioria dos derradeiros desafios para conquistar um bom resultar e continuar a projectar com optimismo um campeonato em vias de parar. Vinte pontos, nesta altura, serão um bom pecúlio, mas importará não embandeirar em arco!
X – Nuno Barbosa foi um incompreensível erro de casting. Alguém que nunca se entendeu muito bem como chegou ao Vitória. Após ter conquistado, apenas, um triunfo em sete jogos aos comandos da equipa B, o desenlace era previsível e acabou despedido. É que numa equipa tão jovem importará formar, mas vencer gerará a confiança que um jogador em tão tenra idade necessitará., sendo que um escasso êxito em sete jogos é diminuto para qualquer conjunto com o Rei ao peito.
Segue-se Álvaro Madureira, proveniente do Tirsense, onde se encontrava a fazer uma boa carreira, mas com um desafio difícil pela frente. Na verdade, para começar a ganhar urgirá dar confiança a uma equipa, que como se viu contra o Fafe, encontra-se profundamente insegura e descrente.
XI – VIVA O VITÓRIA!
Vasco André Rodrigues