II - Tal será o que se deverá sempre pedir ao Vitória nestes desafios de Taça de Portugal perante adversários de escalões inferiores. A comprovar a necessidade de olhar para estas partidas com redobrados cuidados, bastará atentar no facto de no histórico do clube já constarem dezanove eliminações às mãos de equipas de divisões abaixo do Vitória.
III – Não obstante isso, o treinador Moreno deu oportunidade a alguns homens para demonstrarem as suas capacidades. Foi o caso de Celton Biai no lugar de Bruno Varela, Tounkara no posto do castigado André Amaro, Dani Silva em vez de Tiago Silva, Mickey Johnston em detrimento de Rúben Lameiras e de Safira no lugar de Anderson.
IV – Corresponderiam todos os neófitos, procurando demonstrar a superioridade dos Conquistadores e, simultaneamente, não dar azo ao Canelas de sonhar em ser tomba-gigantes, um David capaz de abater o Golias. Prova disso, a entrada absolutamente arrasadora da equipa que empurrou os homens de Vila Nova de Gaia para o seu último reduto.
V- Por isso, foi sem surpresa que o Vitória chegaria ao golo inaugural logo após os 20 minutos, através de uma grande penalidade que ainda deixou o Canelas a actuar com dez atletas, fruto da expulsão de Francisco Sousa. André André enganaria Raphael, o Vitória passava para a frente e o adversário ficava reduzido a 10 atletas. Melhor seria impossível...
VI – A partir dai, destaque para Johnston. O jovem natural de Glasgow e formado no Celtic pintou a manta de forma sublime. Marcaria dois golos de belo efeito, retiraria dúvidas (se elas ainda existissem) acerca do vencedor da partida e deixaria água na boca para o futuro...poderá ser uma alternativa extremamente válida para as próximas batalhas.
VII -O Vitória resolvia o jogo e tranquilizava-se. Não obstante isso, haveria, ainda antes do intervalo, de sofrer um tento de Samu fruto de um livre lateral, mas sem colocar qualquer dúvida quanto ao êxito da eliminatória.
VIII – A segunda metade serviria para Moreno demonstrar os seus dotes de gestão de plantel. Para dar tempo a atletas como Antonin, Janvier, Hélder Sá, Matheus Índio e mesmo a Jota que não houvera sido titular no triunfo em Paços de Ferreira.
Não obstante esse ritmo de controlo e gestionário, a equipa vitoriana ainda teria algumas oportunidades para apontar mais alguns golos que seriam inviabilizados pelo poste ou pelos dotes do guardião Raphael.
IX – O jogo terminaria sem qualquer alteração no marcador. À boa réplica canelense responderia o Vitória com tranquilidade.
O principal estava feito, com os homens de Guimarães a não terem deixado um segundo de dúvida quanto ao destino da eliminatória. A seriedade que colocamos nas nossas missões é meio caminho andado para elas terem êxito.
X – VIVA O VITÓRIA!
Vasco André Rodrigues