Ninguém se escandalize. A Taça da Liga, competição criada na temporada de 2007/08, sempre foi pensada para proteger as equipas mais fortes, permitindo-lhes até "salvar temporadas."
Assim, os modelos competitivos preconizados sempre foram pensados para maximizar os jogos mais mediáticos, em que a publicidade e as audiência imperassem.
Porém, para o próximo ano, alegando as dificuldades de datas, a Liga de Clubes, tentou ir mais longe, propondo um modelo com, apenas, os quatro primeiros classificados da Primeira Liga a participarem na prova. Basicamente, para garantir que uma Taça que já teve o Moreirense ou o Vitória FC como vencedores, e Paços de Ferreira, Gil Vicente ou Marítimo como finalistas não tivessem sequer a possibilidade de estragarem as pretensões dos mais fortes emblemas do país.
Porém, não seria assim...O Vitória, tentando encontrar uma solução de consenso, propôs uma eliminatória anterior ao final four em que deveriam entrar os seis primeiros classificados da anterior edição do campeonato bem como os dois primeiros da Liga 2. Basicamente, a rejeitar as possibilidades de êxito a muitos clubes, mas, simultaneamente, a permitir que outros para além dos quatro primeiros da Liga lá chegassem. Assim seria, mas sem se continuar a exacerbar o costumeiro proteccionismo aos conjuntos mais fortes, já que os quatro primeiros da Liga principal actuarão em casa nos quartos de final, numa espécie de play-off com o primeiro da Liga 1 a jogar contra o segundo da Liga 2 e, assim, sucessivamente.
A saber:
- Sporting - Nacional
- Benfica - Santa Clara
- FC Porto - Moreirense
- SC Braga - Vitória
Assim já é sabido que o Vitória para chegar ao final-four deverá bater o eterno rival em sua casa, sendo que este modelo como facilmente se afere protege, declaradamente, os mais fortes. Apetece perguntar, como os clubes aceitam estes arquétipos na Assembleia-Geral da Liga de clubes onde se procedem às deliberações.
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