Ninguém duvide que a derrota em Vila do Conde foi um atroz balde de água fria nas esperanças vitorianas.
Porém, temos de ser sinceros... os grandes resultados fazem-se em ambientes tranquilos, onde os atletas são afastados de toda e qualquer instabilidade e onde a concentração está sempre no foco máximo.
A semana vitoriana terá sido, pois, determinante no modo como a equipa entrou em campo frente ao Rio Ave. Abúlica, amorfa, sem aquela alegria que a caracterizou durante grande parte do campeonato.
Queremos crer que todos terão tido culpas no cartório. Desde logo, Álvaro Pacheco, que mesmo com autorização para se deslocar a Lisboa, como referiu ter, esteve mal em publicitar o encontro, como querendo dizer estar no mercado e receptivo a convites, ainda para mais sendo público que rejeitou o canto da sereia do Cuiabá.
Mas, também, a falta de uma posição de força por parte do Vitória. Terá faltado um comunicado a vincar que o treinador estará no Vitória até ao final da temporada e o que sucedeu foi concertado com quem manda. Terá faltado uma manifestação de apoio inequívoco (ainda que para fora) ao técnico e uma declaração inequívoca de apoio à equipa. Aliás, as declarações do treinador, sem qualquer manifestação de concordância ou não, terão servido para lançar mais uma cortina de fumo indesejável no momento em que se vive.
Porém, queremos acreditar que esta semana, na antecâmara do Clássico do Minho, a paz voltará ao Castelo. Que, as partes finalmente convergirão no intuito de o bem maior chamado Vitória sair a ganhar. É que o quarto lugar ficou mais longe, mas ainda está muito longe de ser impossível...
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