Será provavelmente das pedras mais importantes nos esquemas tácticos gizados por Álvaro Pacheco.
Tomás Handel, Conquistador desde pequenino, a ponto da camisola do Vitória ser uma segunda pele, faz-nos perceber que o futebol é mais do que um jogo.
Nele há estratégia, raciocínio, poder de antecipar o pensamento ao adversário e que o atleta que mais agir tendo em considerção esses vectores estará mais perto de atingir o êxito do que aquele que se guia apenas pelo instinto.
Mas Handel será, também, superação e resiliência. Que melhor fonte de inspiração poderemos ter do que o atleta que, depois de onze meses parado, de ter pegado de estaca na equipa, assumindo as directrizes do seu jogo?
Com todas estes predicados, nada mais justo que tenha sido o farol e barómetro do jogo vitoriano. O polvo que rouba bolas atrás de bolas sem far uma componente demasiado física ao jogo, mas também aquele que com uma limpeza quase virginal nos passes raramente corrompe ou estraga uma jogada...bastará analisar a percentagem de passes acertados que apresenta e que anda, quase sempre, acima dos 80% por jogo.
Por isso, Handel, o Tomás que aos 9 anos chegou ao Vitória será uma das maiores figuras da época gizada pela equipa de Álvaro Pacheco e, provavelmente, um dos seus nomes mais cobiçados, para pena dos adeptos que ver-se-ão na contingência de terem de dizer adeus a um doutor do futebol, a um tratado na arte de bem o entender! É que uma coisa "é jogar à bola", outra é "jogar (bom) futebol"!
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