Há tantas Culturas por descobrir!
Há um mundo inteiro de culturas para descobrir, e é isso que o Grupo Folclórico da Corredoura tem feito desde a sua fundação, em 1 de Março de 1956. Foram muitas as viagens já realizadas, principalmente pelo Continente Europeu, no entanto duas delas foram transatlânticas. A primeira, em 2012, para participar no maior Festival de Folclore do Mundo, a Folkloriada, um evento que decorre de quatro em quatro anos, e que teve nesse ano a Coreia do Sul como país organizador. Onze anos mais tarde o Grupo Folclórico da Corredoura voltaria a atravessar um Oceano, desta feita, o Atlântico, para assim rumar a terras mexicanas e participar durante uma semana no XXV Festival de Folclore de Hidalgo, no México.
Querem saber como foi esta viagem ao México?
A viagem ao México foi uma experiência única! Foi partir de malas e bagagens em busca do desconhecido, foi sair completamente da zona de conforto de cada um dos elementos do Grupo. Das suas casas, do seu país, do seu Continente. Foram muitas as horas de viagem desde a saída da rua da Corredoura na Vila de São Torcato até ao México, a primeira paragem foi no aeroporto do Porto, seguiu-se uma escala em Madrid e depois aterrar no aeroporto da Cidade do México, já de madrugada, no entanto ainda nos esperavam uma hora de autocarro até Hidalgo, Estado que nos acolheu.
Existe sempre um primeiro impacto em cada viagem, e o primeiro, em terras de Mariachis, foi a diferença abismal com aquilo a que estamos habituados! Lá não há luxos, não há ganância, não há posses. As pessoas são humildes, receberam-nos com um calor humano como nunca vi. Em todos os espetáculos os lugares ficavam cheios de pessoas entusiasmadas por verem as tradições de outros Países, de outros Continentes. Nos desfiles, todos vinham para as portas da rua ver, aplaudir, filmar e até gritar “Portugal”. Que sentimento tão bom!
Mas claro, tal diferença sentiu-se noutros aspetos também... a alimentação. É verdade que, nós, portugueses, somos difíceis de agradar pois não existe gastronomia tão rica como a nossa… Por lá ao pequeno-almoço serviam-se café com mel, ovos mexidos e assado para meter em tortilhas. As restantes refeições do dia baseavam-se em feijão preto, tortilhas, nachos, massa ou arroz. No ar pairava o cheiro à gastronomia local, o cheiro a milho, a tortilhas e à típica comida mexicana, sempre com muito picante!
E o Festival?
Este é um festival muito conhecido no México, não só porque conta com a sigla CIOFF, mas também porque abrange todo um estado e não apenas uma cidade ou localidade. Atuamos em várias cidades do estado de Hidalgo. Em Tulancingo, por duas vezes. Esta era também a cidade onde estávamos alojados. Foi também aqui que se realizou a gala de abertura do Festival. Fomos também a Tula, e a Acatlán, espetáculos que contaram com muito, muito público a assistir. Por fim atuamos, em Tizayuca onde foi a gala de encerramento.
Turistando!
O ponto alto de qualquer viajem é aquilo que se conhece ao longo da estadia. Sem dúvida que a visita à Zona Arqueológica de Tula e também às pirâmides de Teotihuacan, foi uma experiência incrível para todos! Tivemos a oportunidade de no primeiro dia conhecermos vários centros de várias cidades de Hidalgo, Tulancingo, Huasca, Monte Del Real, entre outros. E em cada uma das visitas à algo a registar, algo a aprender, cultura que se absorve, pessoas que se conhece… Foram muitos os registos fotográficos nas nossa visitas, mas, por mais fotos que se possam tirar, por mais publicações que possam fazer nas redes sociais, e que ficam como registo histórico e para a posteridade, há algo muito mais mágico, que é o que fica dentro das nossas mentes e dos nossos corações o que vivenciamos.
Pirâmides de Teotihuacan
Zona Arqueológica de Tula
Para mais tarde recordar!
No dia em que Portugal ficou apurado para o Euro 2024, um menino mexicano, com camisola de Portugal e com nome de Cristiano Ronaldo, veio solicitar um autógrafo a um elemento do Grupo Folclórico da Corredoura. Que momento!
Gratos!
A gratidão tem sempre que estar presente, e estamos muito gratos pela forma como fomos recebidos, às famílias que nos acolheram no primeiro dia, aos nossos guias, e a todas as pessoas que direta e indiretamente estiveram a trabalhar incansavelmente para que o festival corresse bem, e para que não nos faltasse nada, por mais modesto ou simples que fosse! Obrigado!
História contada na primeira pessoa pelos elementos do Grupo Folclórico da Corredoura!