De patinho feito a cisne…
Desporto
Publicado em 10/03/2023

Poderia ser uma história capaz de inspirar a não ceder perante as adversidades, a querer fazer mais e melhor, mas será simplesmente o modo como Alisson Safira se afirmou no Vitória...

Tendo chegado a Guimarães por causa da lesão de André Silva, quando este já contava com dois golos em dois jogos, teve um Cabo das Tormentas para dobrar. Fosse pelo golo que tardava, fosse pela ânsia com que enfrentava os escassos minutos que estava em campo, fosse (como consequência disso!) pela desconfiança com que era olhado pelas bancadas, que quase o viam como um empecilho em vez de uma solução.

Quem poderá esquecer a rábula da sua entrada em campo frente ao Desportivo de Chaves? Pontuada por assobios! Assobios que se estenderam ao treinador Moreno quando os flavienses igualaram o prélio.

Porém, o futebol é hichcockiano... será, talvez por isso, que tem tantos seguidores! Jamais será uma ciência exacta, talvez por ser feito de pessoas e dirigir-se a pessoas.

Safira marcaria golo de belo efeito no último minuto! O patinho feio tornava-se em cisne, o vilão em herói, num desenlace capaz de orgulhar qualquer argumento de Walt Disney. Por isso, mereceria a confiança de Moreno nos jogos seguintes, suplantando o concorrente Anderson, já que André Silva foi deslocado para o lado esquerdo do ataque.

Não o defraudaria...golos decisivos no Estoril, frente ao eterno rival e um bis ao Santa Clara de um homem que, desde aquele momento parece ter tirado um peso de duas toneladas de cima dos ombros... tudo é mais fácil quando conseguimos desatar o nó górdio da desconfiança!

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