No Santiago Mascotelos F.C. vive um dos símbolos do futebol distrital vimaranense.
Falamos de Ricardo Manuel Xavier Jesus Abreu, que aos 38 anos, vive o ocaso de uma carreira de quase vinte anos no futebol sénior, com o nome de guerra de Xavi.
O médio defensivo começou a carreira como tantos outros meninos vimaranenses, ou seja carregado de sonhos na formação do Vitória. Contudo, como tantos outros, não teria a felicidade que o sonho tivesse continuidade quando chegou aos escalões mais altos. Numa época em que a equipa B, ainda, era uma miragem, para alimentar o amor pelo futebol, teria de procurar caminhos alternativos, longe do mediatismo das principais divisões nacionais mas próximo do cheiro da relva, do balneário e tudo aquilo que tanto significado tem para quem ama o desporto-rei.
Por isso, rumaria a Sande, num Sandinenses a actuar na terceira divisão nacional. Estávamos na época de 2003/04 e para percebermos quanto tempo passou, bastará dizer que Pimenta Machado, ainda, era presidente do Vitória e nos Conquistadores pontificavam jogadores como Palatsi, Rogério Matias, Djurdjevic ou Guga.... o tempo passa!
Seria aí que viveria os três primeiros anos como sénior, para depois actuar no Taipas, no Brito e no Serzedelo. Um nómada do futebol distrital vimaranense, que na época de 2011/12 chegaria a São Torcato, para assumir papel relevante num conjunto que terminaria a temporada sob a orientação de Hélder Baptista. Seria a primeira de uma dezena de exercícios desportivos ao serviço do clube, num percurso que o levaria a jogar no Campeonato de Portugal.
Contudo, nada na vida seria eterno. Há duas temporadas abandonaria São Torcato para abraçar um ambicioso projecto em Mascotelos. Seria importante, também, fora de campo pela sua experiência. A sua voz de comando ajudaria a equipa a atingir uma história promoção ao Pro-Nacional. Na presente época, mesmo a jogar pouco, a sua influência faz-se sentir... afinal, foi há quase 20 anos que encetou a mais bela viagem que poderia ter empreendido: uma vida de balneário!