Estávamos em 2009... como em tantas outras vezes, a equipa de juniores do Vitória era portadora de um talento capaz de gerar todas as esperanças. Nomes como o guarda-redes Cláudio Ramos, o central Vítor Bastos, o médio Bruno Alves, os extremos Rafa e Fausto e o avançado Lucas, entre mais alguns, davam asas a uma equipa que tinha em Jussane o homem capaz de concretizar. toda a fantasia colocada em campo. Avançado peitudo, com um killer instinct assinalável, o jovem, já com impressionante envergadura física, parecia estar a trilhar um caminho que o haveria de levar até à equipa principal.
Porém, numa altura em que ainda não se tinha assistido ao advento das equipas B, findo o seu processo de formação, teria de rumar a outras paragens. Ainda que sob contrato com o Vitória, mas longe dos radares infindos de acompanhamento das equipas B, seria no Maria da Fonte e no Amarante que tentaria o regresso. Não o haveria de conseguir e acabaria por seguir o chamamento da terra natal, rumando a Angola, para actuar no Interclube. Seria o princípio de um percurso que o faria passar por dezasseis clubes em 11 anos, chegando mesmo, também, a actuar nos escalões inferiores franceses no Gobelins.
Hoje, com 32 anos, parece gozar de uma segunda juventude no Ponte. Na equipa orientada por Zé Faria demonstra quem quem sempre soube marcar golos jamais desaprenderá. Na boa carreira da equipa vimaranense, que sonha chegar pela primeira vez na sua história aos nacionais, é pedra basilar, não fosse actualmente o melhor marcador da sua série. Além disso, vive um curioso confronto, já que o seu irmão Zezé faz parte do plantel do Sandinenses, que no passado fim de semana desalojou os homens de Ponte da liderança...