A direita de João Sousa foi o maior atrativo da tarde de hoje no Gonet Geneva Open. Frente ao francês Richard Gasquet, número 75 do mundo, o português foi irrepreensível e alcançou a segunda final do ATP 250 suíço. Em 2015, Sousa também chegou à final, mas acabou derrotado por Thomaz Bellucci. É a segunda final do ano para o tenista de 33 anos, classificado no posto 79 do ranking mundial. João Sousa vai procurar o segundo troféu de 2022 depois de já se ter sagrado vencedor no piso duro de Pune, na Índia. O norueguês Casper Ruud, vencedor da última edição do torneio e número oito do mundo, vai estar do outro lado da rede. A 12.ª final da carreira do vimaranense pode traduzir-se no 5.º título do palmarés. Ainda na tarde de hoje, Sousa vai entrar novamente em court para disputar a meia-final da vertente de pares ao lado de Francisco Cabral.
João Sousa é feito de outra fibra. Não é novidade. Aos 33 anos, depois de anos difíceis e de uma série negativa de resultados antes de viajar para a Suíça, o vimaranense soma a segunda final do ano na terra batida da Suíça. Sousa apresentou uma das suas melhores versões da carreira para vencer Gasquet por 2-0 com os parciais 6-2, 6-2. Não há nada a apontar ao português: não foi quebrado, quebrou o adversário em quatro ocasiões e pouco espaço lhe deu para respirar. O vimaranense ganhou sete jogos consecutivos para deixar o marcador a indicar 3-0 no segundo parcial. O francês, que já ocupou uma posição no top 10 mundial, ainda procurou esboçar uma resposta, mas de pouco lhe valeu face à intensidade de João Sousa, que precisou de apenas uma hora e 15 minutos para ultrapassar o adversário da meia-final.
O vimaranense alcança a final em Genebra sem ceder um único set. Desde que aterrou na Suíça, Sousa encontrou apenas adversários dentro do top 100 do ranking ATP e, à exceção da primeira ronda, venceu apenas a adversários melhor classificados. O primeiro adversário foi Pablo Andujar, número 83 do mundo: 2-0. Seguiu-se Nikoloz Basilashvili, 25 do mundo, novamente derrotado por 2-0. Nos quartos-de-final, o bielorusso Ilya Ivashka mereceu o mesmo tratamento. O número 50 do mundo foi derrotado também por 2-0.
Sousa alcançou a primeira final ATP da carreira em 2013. Em Kuala Lumpur sagrou-se campeão. A esse título em piso duro somou mais três: Valência em 2015, Estoril em 2018 e Pune em 2022. Conta, pelo meio, sete finais como derrotado: Metz e Bastad em 2014; São Petersburgo, Umag e Genebra em 2015; e Auckland e Kitzbuhel em 2017. Foi na terra batida que João Sousa venceu no Estoril e foi também na terra batida que alcançou outras quatro finais ao longo da carreira.
O vimaranense ainda vai subir hoje ao court para disputar a meia-final da vertente de pares. Ao lado do português Francisco Cabral, Sousa vai ter pela frente a dupla composta pelo espanhol Pablo Andujar e pelo holandês Matwe Middelkoop. Caso a dupla lusa se apure para a final do torneio, o próximo fim-de-semana pode ser histórico para o ténis português com João Sousa a disputar dois títulos ATP.
Foto: Gonet Geneva Open