Depois de conquistar o quarto troféu ATP da carreira em Pune, na Índia, e de regressar aos cem primeiros do ranking mundial, João Sousa rumou ao Catar para disputar a fase de qualificação do ATP 250 de Doha. Frente ao russo Evgeny Karlovskiy, o português entrou bem no encontro, mas o cenário complicou-se antes do desfecho. No fim, depois pouco mais de duas horas em court, o vimaranense acabou por somar a sexta vitória consecutiva, desta feita em três sets.
As condições não eram as melhores quando Sousa subiu ao court. O cansaço acumulado da semana anterior e o vento que se sentia na capital catarense não facilitaram a vida ao português. Ainda assim, o encontro começou de feição e Sousa quebrou o serviço do adversário logo no segundo jogo para se lançar na liderança por 2-0. Permitiu o empate por 2-2 antes de decolar para vencer o set inaugural por 6-3. Seguiu-se um set desastroso que obrigou o vimaranense a ser assistido. Conseguiu ganhar apenas um jogo e perdeu por 1-6. Previa-se o pior a meio do derradeiro set, mas Sousa fez honra ao cognome e deu a volta a um 3-5, fez o 6-6 e empurrou a decisão para o tiebreak. O desempate foi disputado com os dois tenistas a ceder, mas foi o vimaranense que aproveitou o primeiro ponto de jogo para fechar a partida.
Falta ainda superar uma etapa para que o melhor português de sempre e 86.° do mundo entre no quadro principal. O sorteio ditou um emparelhamento com Thomas Fabbiano, 182 do ranking. O italiano e o português, ambos com 32 anos, já se encontraram em duas ocasiões. Em 2013 venceu Sousa e em 2019 venceu Fabbiano, sempre com o mesmo resultado: 2-0. O histórico de confrontos conhece novo capítulo amanhã. O jogo, que se disputará não antes das 12h30, vai mexer na balança do confronto directo e vai traduzir-se, para um dos tenistas, no acesso ao quadro directo do ATP 250 de Doha, disputado no piso duro do Catar.